Ainda que, muitas vezes, sejam vistas apenas como um detalhe estético, existem alterações nas unhas que podem ser sinais de problemas de saúde.

Por isso, é preciso observar se há mudanças no formato, na coloração ou na resistência das unhas. Dessa forma, é possível identificar se existe algum problema sério precocemente.

Veja, a seguir, a lista com as principais alterações nas unhas que podem ser sinais de problemas de saúde:

1 - Unhas fracas ou quebradiças

Embora seja uma condição comum e subestimada, muitas vezes, as unhas fracas e quebradiças estão relacionadas à deficiência de ferro, zinco, biotina ou vitaminas do complexo B.

Além disso, o contato frequente com água, detergentes, acetona ou outros produtos químicos pode ressecar e enfraquecer as unhas.

Bem como, em alguns casos, problemas hormonais como o hipotireoidismo também são responsáveis por essa fragilidade.

2 - Unhas com manchas brancas

Geralmente, pequenas manchas esbranquiçadas aparecem após traumas leves na matriz da unha, como pancadas ou o hábito de roer.

Entretanto, quando são recorrentes e aparecem em várias unhas, essas manchas podem estar associadas à deficiência de zinco, cálcio, ferro, ou a infecções fúngicas em estágio inicial.

3 - Unhas amareladas

O uso contínuo de esmaltes escuros sem proteção costuma ser uma das causas do amarelamento das unhas. Porém esse sinal também pode estar ligado a infecções por fungos.

Além disso, alterações no tom amarelado persistente podem sugerir doenças respiratórias crônicas, problemas no fígado ou complicações linfáticas.

4 - Unhas escuras ou com manchas pretas

Manchas pretas ou faixas escuras nas unhas podem ser causadas por pancadas. O que leva ao acúmulo de sangue sob a unha.

Mas, quando surgem sem um motivo aparente, se espalham ou aumentam com o tempo, merecem atenção especial.

Isso porque esse tipo de alteração pode estar relacionado ao melanoma subungueal, um tipo raro de câncer de pele.

Por isso, qualquer mancha escura que não desaparece em algumas semanas deve ser investigada por um médico.

5 - Unhas com ondulações ou depressões

No geral, mudanças na textura da unha, como sulcos, ondulações ou pequenas depressões, podem surgir devido ao estresse, alterações hormonais ou quadros de psoríase ungueal.

Além disso, uma condição específica, chamada de linhas de Beau, é caracterizada por marcas transversais que indicam algumas interrupções temporárias no crescimento da unha.

Bem como, essas linhas também podem surgir após infecções graves, cirurgias ou carências nutricionais.

6 - Unhas azuladas ou arroxeadas

Quando as unhas assumem uma tonalidade azulada ou roxa, pode ser sinal de que o sangue não está recebendo oxigênio suficiente.

Essa condição, chamada de cianose, é comum em ambientes muito frios. Mas a baixa oxigenação também pode indicar doenças respiratórias ou cardiovasculares, como pneumonia e insuficiência cardíaca.

7 - Unhas pálidas ou esbranquiçadas

A perda da coloração rosada das unhas pode estar ligada a quadros de anemia, principalmente por deficiência de ferro.

Nesses casos, o sangue transporta menos oxigênio. O que deixa as unhas mais opacas e sem vida.

Além disso, quando as unhas ficam muito claras ou acinzentadas, pode haver doenças hepáticas ou problemas no sistema circulatório.

8 - Unhas avermelhadas

Pequenos machucados podem causar vermelhidão, mas quando essa alteração é persistente, ela pode sinalizar algo mais sério.

No geral, inflamações crônicas, infecções por leveduras ou doenças pulmonares e cardíacas podem estar por trás desse sintoma.

Além disso, se a vermelhidão se concentra nas bordas e vem acompanhada de pus, é possível que se trate de uma condição chamada paroníquia.

Ela é uma inflamação comum nas unhas causada por bactérias, fungos ou substâncias irritantes.

9 - Unhas curvadas para cima

As unhas que crescem com o centro mais baixo e as bordas levantadas, parecendo uma “colher”, são conhecidas como coiloníquia.

Essa deformidade pode ter causas genéticas, mas também está associada à anemia ferropriva.

Com isso, ela acontece por falhas no suprimento de sangue e nutrientes para a base da unha.

Além disso, essa alteração pode ser sinal de problemas na tireoide, doenças cardíacas ou síndrome de Plummer-Vinson.

Minhas unhas estão assim, o que fazer?

Caso perceba mudanças no aspecto das suas unhas, o mais indicado é procurar um médico.

Mesmo que muitas alterações sejam inofensivas ou passageiras, algumas podem refletir desequilíbrios mais sérios no organismo.

Sendo assim, evite tentar diagnosticar por conta própria ou tratar com receitas caseiras, pois isso pode atrasar o diagnóstico correto.

Em todo caso, o recomendado é consultar um clínico geral ou um dermatologista, que poderá indicar exames ou encaminhar para um especialista.

Geralmente, os valores para uma consulta dermatológica variam entre R$: 150 a R$: 400 em atendimentos particulares.

Mas também é possível buscar atendimento gratuito pelo SUS em unidades básicas de saúde.

Suplementos que fortalecem as unhas

Como falamos anteriormente, o primeiro passo para tratar as alterações nas unhas é procurar um médico.

No entanto, há alguns suplementos que fortalecem as unhas e podem ser aliados no tratamento. Confira:

Biotina

Também chamada de vitamina B7, a biotina participa da produção de queratina, que é a proteína estrutural das unhas. Além disso, ela também é importante para a saúde dos cabelos e da pele.

Zinco

O zinco é fundamental para a renovação celular e a síntese de proteínas. Por isso, a deficiência deste mineral está relacionada a unhas fracas, com manchas brancas ou que demoram a crescer.

Ferro

A falta de ferro pode afetar o aspecto das unhas, pois ele é indispensável para fornecer oxigênio às células.

Por isso, um dos sinais da anemia ferropriva é a coiloníquia, quando as unhas crescem curvadas para cima.

Colágeno

O colágeno Verisol é associado à saúde das unhas, cabelos e pele, porque ajuda a fortalecer a matriz ungueal e melhora a resistência das unhas finas e quebradiças.

Além disso, muitos suplementos de colágeno vêm associados a vitaminas antioxidantes, como C e E, que potencializam sua ação e ajudam na formação da queratina.

Referências

CHESSA, M. A. et al. Pathogenesis, Clinical Signs and Treatment Recommendations in Brittle Nails: A Review. Dermatol Ther (Heidelb), v. 10, p. 15-27, 2020.

LEE, D. K.; LIPNER, S. R. Optimal diagnosis and management of common nail disorders. ANNALS OF MEDICINE, v. 54, n. 1, p. 694-712, 2022.

NUNES, J. B. et al. Síndrome das unhas frágeis: uma revisão da literatura. Archives of Health, v. 5, n. 3, p. 01-09, 2024.