“Aquele que não tem tempo para cuidar da saúde vai ter que arrumar tempo para cuidar da doença.”
Lair Ribeiro
A saúde está em constante evolução, trazendo descobertas capazes de aprimorar seus hábitos e promover mais bem-estar. Nesta edição, selecionamos três assuntos que merecem sua atenção:
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O uso prolongado de omeprazol e os riscos que ele pode trazer ao organismo, com alternativas seguras e mudanças no estilo de vida;
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O que a ciência revela sobre os cérebros dos superidosos, mostrando que é possível manter a mente afiada mesmo aos 80 anos ou mais;
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O impacto do consumo de refrigerantes diet na saúde do fígado e como pequenas mudanças, como optar pela água, podem fazer diferença.
Explore conteúdos que unem ciência, prevenção e práticas para uma vida mais saudável.
Omeprazol: uso prolongado preocupa médicos
PREVENIR É MELHOR QUE CURAR
O omeprazol, por muito tempo usado como “protetor gástrico” diário, vem sendo cortado das receitas por causa dos riscos do uso prolongado. Médicos alertam que o remédio — e outros da mesma classe — pode causar deficiência de ferro, magnésio, cálcio e vitamina B12, além de aumentar o risco de infecções intestinais e fraturas.
O medicamento continua essencial em casos como refluxo, gastrite e úlcera, mas deve ser usado pelo menor tempo possível e com acompanhamento médico. Para quadros leves, há opções mais seguras, como bloqueadores H2 (famotidina) e novos fármacos como a vonoprazana.
Mudanças no estilo de vida — como perder peso, evitar deitar após comer e reduzir ultraprocessados — também ajudam a controlar o refluxo sem necessidade de uso contínuo do remédio.
O que a ciência revela sobre os cérebros dos superidosos
NAVEGANDO NAS ÁGUAS DA CIÊNCIA
Há 25 anos, pesquisadores da Universidade Northwestern (EUA) estudam os chamados “superidosos” — pessoas com mais de 80 anos que mantêm memória e raciocínio comparáveis aos de adultos mais jovens. O estudo busca entender por que alguns envelhecem sem perder a capacidade cognitiva.
Os cientistas descobriram que esses cérebros têm neurônios maiores e mais saudáveis, especialmente no hipocampo, região essencial para a memória. Essa característica pode explicar a preservação mental mesmo em idades avançadas.
Os participantes do projeto criam fortes vínculos com os pesquisadores e muitos decidem doar seus cérebros após a morte, ajudando a ciência a investigar o envelhecimento saudável.
Após décadas de pesquisa, os resultados reforçam que é possível envelhecer com o cérebro em plena forma, inspirando novos estudos sobre longevidade e qualidade de vida.
Refrigerante diet aumenta em 60% o risco de gordura no fígado
SOMOS O QUE COMEMOS
Um novo estudo revelou que refrigerantes zero podem aumentar em até 60% o risco de gordura no fígado, superando até mesmo os refrigerantes com açúcar, que elevam o risco em cerca de 50%. A pesquisa, apresentada na Semana Europeia de Gastroenterologia, acompanhou mais de 120 mil pessoas por 10 anos.
Os cientistas observaram que tanto bebidas diet quanto açucaradas estão ligadas à doença hepática gordurosa não alcoólica (MASLD), condição que pode levar à cirrose e ao câncer de fígado.
O estudo também mostrou que substituir refrigerantes por água reduz significativamente o risco — até 15% no caso das versões zero. Segundo os pesquisadores, o consumo dessas bebidas pode alterar o microbioma intestinal e aumentar a preferência por alimentos doces, prejudicando o metabolismo.
A principal conclusão é clara: tanto o refrigerante comum quanto o diet fazem mal ao fígado — e a água continua sendo a melhor escolha.
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