O cloreto de magnésio PA é um dos suplementos mais conhecidos quando se fala em doses de magnésio.
Popular, acessível e bastante utilizado, ele desperta dúvidas importantes: será que realmente é a melhor forma de magnésio suplementar? Ou existem tipos com absorção superior e menos efeitos colaterais?
Pensando nisso, a Vhita trouxe este conteúdo para mostrar tudo sobre o cloreto de magnésio PA, suas mitos, verdades e alternativas com melhor absorção. Confira!
O que é o cloreto de magnésio PA e por que é tão conhecido?
O cloreto de magnésio é formado pela união do magnésio com o cloro. O que facilita sua absorção no intestino e garante que o mineral desempenhe suas funções no corpo.
Em suma, o magnésio é um dos nutrientes mais abundantes do nosso organismo. Ele participou de mais de 300 respostas bioquímicas, como a produção de energia, a ativação da vitamina D e a fixação do cálcio nos ossos e dentes.
Logo, não é à toa que a deficiência desse mineral pode comprometer diversos sistemas, aumentar o risco de doenças e reduzir a qualidade de vida.
O que significa a sigla “PA”?
Muitas pessoas se perguntam o que significa a sigla “PA” junto com o cloreto de magnésio. Resumidamente, a abreviação significa “Puro para Análise”.
Isso indica que o produto é livre de impurezas ou aditivos, contendo apenas magnésio e cloro em sua composição.
Isso garante mais segurança e confiabilidade, já que o suplemento passou por processos rigorosos de purificação.
Então, quando você vê essa sigla, pode ter certeza de que está consumindo uma forma mais segura e de qualidade do cloreto de magnésio.
Principais mitos e verdades sobre o uso do cloreto de magnésio
Muitas informações circulam sobre o cloreto de magnésio, e nem todas são corretas. Um dos mitos mais comuns é que ele seria a melhor maneira de magnésio disponível no mercado.
No entanto, embora ele seja eficaz em corrigir deficiências, a sua solução não é tão eficiente quanto a outras formas de suplementos do mineral, como os magnésios quelados.
Outro mito é que ele não teria contraindicações. Na verdade, indivíduos com insuficiências renais ou problemas cardíacos devem evitar o uso sem orientação médica, porque o excesso pode causar complicações graves.
Entre as verdades, é o fato de que o cloreto de magnésio pode ser útil para funções metabólicas regulares, melhorar a saúde óssea e muscular e favorecer o equilíbrio do sistema nervoso.
Bem como, é verdade que seu custo é mais acessível. O que explica parte de sua popularidade.
Contudo, é preciso avaliar se os benefícios compensam as limitações na absorção e os possíveis efeitos gastrointestinais.
Absorção e limitações do cloreto de magnésio em comparação com outros tipos
Ainda que seja eficaz, o cloreto de magnésio é uma forma inorgânica de suplemento mineral. O que o torna mais propenso a causar desconfortos gastrointestinais, como diarreia, cólicas e náuseas.
Além disso, sua absorção pelo organismo é limitada quando comparada a outras versões de magnésio, principalmente as queladas. Uma vez que são ligados a aminoácidos ou ácidos orgânicos e apresentam maior biodisponibilidade.
Isso significa que, apesar do cloreto de magnésio cumprir seu papel, nem sempre é a escolha mais indicada para quem procura resultados mais rápidos ou eficazes, especialmente em casos de deficiência mais grave do mineral.
Por isso, cada vez mais especialistas recomendam avaliar alternativas com avaliação superior.
Alternativas de magnésio com melhor biodisponibilidade
Apesar da popularidade do cloreto de magnésio, outras formas de suplementação apresentam vantagens importantes, como os magnésios quelados.
Neste caso, o magnésio glicinato ou bisglicinato, ligado ao aminoácido glicina, tem ótima biodisponibilidade e é uma das formas mais indicadas para quem sofre de insônia, ansiedade e estresse.
O magnésio dimalato, por sua vez, formado pela combinação com o ácido málico, é bem recomendado para quem sente fadiga e dores musculares.
Já o magnésio l-treonato é uma das formas mais avançadas, capaz de atravessar a barreira hematoencefálica e atuar no cérebro. Com isso, ele melhora a memória, concentração, aprendizado e auxilia na prevenção de doenças neurodegenerativas, como o Alzheimer.
Por fim, o magnésio taurato é associado à taurina, sendo indicado para melhorar a saúde cardiovascular, já que ajuda a regular a pressão arterial e protege o coração.
Logo, por apresentarem formas orgânicas do mineral, essas alternativas são absorvidas de maneira mais eficiente e geram menos desconfortos intestinais.
O que torna opções superiores ao cloreto de magnésio na maioria dos casos.
Quando considerar (ou não) o cloreto de magnésio PA
Mesmo que tenha limitações, o cloreto de magnésio PA ainda pode ser uma boa escolha para quem busca um suplemento acessível e eficaz em corrigir deficiências de níveis do mineral.
Dessa forma, ele pode ser útil para pessoas que não têm condições de investir em versões mais avançadas ou para quem busca uma opção simples de suplementação.
Por outro lado, o cloreto de magnésio PA não é a melhor alternativa para indivíduos com deficiências mais graves ou que precisam de resultados mais rápidos.
Como escolher o tipo de magnésio certo para cada objetivo de saúde?
A escolha da melhor forma de magnésio depende do objetivo de cada pessoa.
Neste contexto, se a prioridade é melhorar o sono e reduzir a ansiedade, o glicinato ou bisglicinato pode ser a melhor alternativa.
Já quem busca mais energia e disposição pode se beneficiar com o dimalato.
Para suporte cognitivo, o l-treonato costuma ser o mais indicado.
Por outro lado, quem deseja regular a pressão arterial e cuidar da saúde do coração pode apostar no taurato.
Em todo caso, o importante é sempre contar com a orientação de um médico ou nutricionista antes de iniciar a suplementação.
Afinal, só um profissional pode avaliar suas necessidades individuais, indicar a forma mais adequada e ajustar a dosagem correta.
Efeitos colaterais do cloreto de magnésio
Os efeitos colaterais mais comuns do cloreto de magnésio estão relacionados ao sistema gastrointestinal, como diarreia, cólicas e náuseas, especialmente quando consumidos em doses elevadas.
Em casos de superdosagem, os sintomas podem ser mais graves, como queda de pressão, morte extrema, dificuldade respiratória, arritmias e parada cardíaca.
Por isso, qualquer sintoma incomum ao começar a suplementação deve ser avaliado imediatamente por um médico, e o uso do suplemento deve ser suspenso até uma nova orientação.
Referências
GROBER, U.; KISTERS, K. Magnésio na prevenção e terapia . Nutrientes . v. 7, p. 8199-8226, 2015.
MAH, J.; PITRE, T. Suplementação oral de magnésio para insônia em idosos: uma revisão sistemática e meta-análise . BMC Complementary Medicine and Therapies . Nova Escócia, Canadá, v. 21, n. 125, p. 1-11, 2021.
UBERTI, F. et al . Estudo de formulações de magnésio em células intestinais para influenciar o relaxamento celular do miométrio . Nutrientes . v. 12, n. 573, p. 1-22, 2020.
Deixe um comentário